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Testo: Gal Costa. Aquarela Do Brasil. Camisa Amarela.


Encontrei o meu pedaco na Avenida
De camisa amarela
Cantando a Florisbela, oi
A Florisbela
Convidei-o a voltar pra casa
Em minha companhia
Exibiu-me um sorriso de ironia
E desapareceu no turbilhao da Galeria
Nao estava nada bom
O meu pedaco, na verdade,
Estava bem mamado
Bem chumbado, atravessado
Foi por ai cambaleando
Se acabando num cordao
Com o reco-reco na mao
Mais tarde, o encontrei num cafe
Zurrapa, do Largo da Lapa
Foliao de raca
Bebendo o quinto copo de cachaca
Voltou, as sete horas da manha
Mas, so na quarta-feira
Cantando a Jardineira, oi
A Jardineira
Me pediu, ainda zonzo,
Um copo d'agua com bicarbonato
Meu pedaco, estava ruim de fato
Pois caiu na cama e nao tirou nem o sapato
Roncou uma semana
Despertou mal-humorado
Quis brigar comigo
Que perigo!
Mas nao ligo
O meu pedaco me domina, me fascina,
Ele e o tal
Por isso, nao levo a mal
Pegou a camisa, a camisa amarela
Botou fogo nela
Gosto dele assim
Passada a brincadeira
Ele e pra mim
(Meu Senhor do Bonfim)