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Testo: MáƒÂ£o Morta. Carta De Ano Novo 1963.

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Um ano findou-se no barulho
Dos sinos e dos fogos de artifa­cio. O jornal
Que sera? trazido dentro de uma hora
A ti na tua cidade a mim na minha cidade
Por uma velha mulher com as suas velhas pernas
Tra?s filhos mortos na guerra mas nenhum jornal
O REICH O NEUES DEUTSCHLAND O RHEINISCHER MERKUR
Anunciara? um melhor ano como de costume
E o que e negro no teu jornal tu sabe-lo
a? branco no meu jornal nos sabemo-lo
Sem cessar a erva cresce na fronteira
E a erva deve ser arrancada
Sem cessar que cresce na fronteira
E os arames farpados devem ser plantados
Sem cessar pela bota cardada
EU SOU A BOTA QUE PLANTA OS ARAMES FARPADOS
Frente a  minha janela sobre uma a?rvore do parque
So como um ba?bado na madrugada
Uma velha gralha bate ruidosamente as asas
Os varredores municipais ALL OUR YESTERDAYS
Comea§aram o seu trabalho
Muitas coisas voltam muitas outras na?o
O coraa§a?o e um grande cemiterio
NO PARQUE OS CHOUPOS SUSSURRAM
QUEM MORA NA MINHA CABEa?A